Argentina Parte II

El Calafate é uma cidade relativamente recente, construída de raiz, composta por uma única estrada principal rodeada de casinhas feitas de madeira.
Esta cidade vive do turismo essencialmente das visitas aos glaciares, em especial o famoso glaciar Perito Moreno.
Chegámos de avião, vindos de Ushuaia. Fomos recebidos por um lago de cor azul turquesa com flamingos cor de rosa que contrasta com o negro da pista de aterragem. À chegada há serviço de shutlle para o centro da cidade.
Ficamos alojados na pousada da juventude que é uma construção recente mas de madeira e o chão de mosaico dos quartos é aquecido. Há muita preocupação com as questões ambientais por aqui onde as palavras ecológico, reciclar, estão na ordem do dia.
Os principais atrativos aqui são as visitas aos glaciares e ao Parque Nacional Torres del Paine no Chile.
Fizemos as 2. O visita ao Perito Moreno dura o dia todo. Percorremos as pampas enquanto somos guiados por uma guia turistica jovem que se encantou pelo lugar e resolveu ficar a fazer a sua vida por aqui. O glaciar é imponente! Pensar que estamos perante camadas de gelo com séculos de idade!
Este é o glaciar que mais de perto se pode visitar porque por vezes avança até terra fechando os 2 lagos. Ouvem-se ruídos que parecem vir a resultar em derrocadas. Cada vez que cai um pedaço daqueles 50 metros de parede gelada, o público no passadiço que permite visitar o glaciar exclama oh! e vai a correr a ver que pedaço caiu.
Também há visitas de barco. Este não se aproxima muito pois há perigo de derrocada o que provocaria ondas que poderiam afectar o barco.
Estamos perante uma enorme massa gelada mas não está assim um frio imenso embora se agradeça o gorro. As cores do gelo, a imensidão, são de facto de admirar!

O passeio a torres del paine começa cedo. Percorrermos as pampas com as suas quintas imensas, quilómetros e quilómetros. Por vezes as terras e a estrada estão cobertas de neve outras estão secas e com o seu tom dourado do sol da manhã. Vemos alpacas a percorrer as quintas. Imensidão! A Patagónia!
A fronteira com o Chile é no meio do nada. Apenas uma casinha numa estrada que parece secundária. Carimbam-nos o passaporte. Saímos oficialmente da Argentina.
A entrada no Chile é mais complexa. Querem garantir que não levamos fruta que possa trazer insectos que possam vir a estragar as suas colheitas. O Chile tem muita preocupação com a qualidade dos seus produtos.
Torres del Paine é impressionante e tivemos sorte com o tempo limpido.
Lá estão as torres, as paredes rochosas imponentes que se assemelham a 2 torres e à volta lagos de diversas cores e quedas de água. Há aqui um dos resorts mais caros do mundo no meio de um lago. Com vista impressionante. As cores da água variam pois resultam do atrito do gelo na rocha provocando sedimentos que depois na água e com o sol, criam estas cores.
Vemos alpacas, raposas. É lindissimo. Trazemos de volta uma mãe e filha que estiveram a acampar e que só ao fim de 3 dias puderam ver as torres em todo o seu esplendor pois até aí tinha estado nublado e encoberto.
Voltamos à Argentina e a El Calafate já noite.















Partimos para Barriloche. Esta cidade é conhecida pela estância de ski da America Latina. É também conhecida pela Lake City, cidade dos lagos porque está totalmente rodeada de lagos.
Parece uma Suiça pequena com as suas casinhas de madeira que desembocam nos lagos, campos verdes, lojas ou melhor, armazéns de chocolate. Barriloche é também conhecida como a capital do chocolate da América do Sul.
Agora não há neve mas lá de cima das pistas, no cerro catedral, pode esquiar-se e ver-se os lagos cá em baixo.
Há vários trilhos na floresta e há transporte grátis para determinados teleféricos que nos elevam a  outros picos e nos deixam ver os lagos e a cidade de cima.
Ficamos num Bed & Breakfast de um casal argentino que vivia em Espanha até se resolver a voltar e a abrir este negócio.
Gostámos tanto que ficámos mais um dia e resolvemos partir de autocarro para Córdova.  16 horas de viagem num autocarro espectacular com bancos semi cama, poucos passageiros, comida, preparado para as grandes distâncias.
Córdova recebe-nos com sol e um quiosque de turismo na estação de autocarros que nos entrega uma lista com os contactos e nomes de todosos hoteis na cidade.
Apontamos a uma zona e lá nos vemos a percorrer as ruas da cidade. Mas a zona escolhida revela-se uma zona de hoteis de "parejas" como nos explicam no primeiro lugar onde entramos e concluímos termos vindo parar à zona dos hoteis do amor,
Só conseguimos alojamento num hostel num quarto partilhado com beliches e casa de banho partilhada. A onda é boa mas barulhenta a noite.
Fazemos a visita guiada às igrejas e edificios dos jesuítas e decidimos visitar as quintas dos jesuítas que ficam um pouco fora da cidade. Apanhamos o autocarro local e aí vamos nós com o resto dos locais a ajudarem-nos a descobrir qual a paragem onde saímos.
Aí visitamos as antigas quintas que alimentavam os colégios da cidade até que os espanhois correram com os jesuítas por estes estarem a adquirir muito poder.








Compramos o autocarro directamente para Salta. Um by night de 10h.

Salta é também um ds principais acessos à Bolivia e aos vales dos Andes da Quebrada da Humauaca onde passa o meridiano Capricórnio.
Come-se bem em Salta: os grelhados, as empanadas. Na Câmara Municipal que se pode visitar há moveis de origem portuguesa, há a casa museu do Pajarito, um cantor famoso na Argentina.
Há vinho argentino que se pode provar fazendo uma das tours ao redor de Salta, há o cerro Bernando que nos dá uma vista de cima da cidade e que se pode subir pelo teleférico ou pelas escadas.
Neste fim de semana havia muitas familias de Buenos Aires que passavam aqui o fim de semana. Havia um problema de poluíção em Buenos Aires devido aum incêndio mal controlado no Uruguai que o ventos trouxeram para a Argentina. Havia problemas respiratórios e causou mesmo a paragem de aviões de principais vias de acesso a Buenos Aires.
Visitámos a Quebrada e o vale dos vinhos. Quem quiser pode alugar um carro e faz o percurso a seu belo prazer. As distâncias são todas muito grandes!
No tour à Quebrada tivemos um grupo muito engraçado: um casal de galegos que conhecia melhor a história de Portugal que nós, um Chileno trabalhador das minas de origem india, uma familia de classe média de Buenos Aires e um casal francês com a sua filha. Com uns falávamos em inglês, com outros espanhol e mesmo depois da viagem ain trocámos emails.
Foi muito interessante!








O B&B da Vilma é um local óptimo para se ficar. A Vilma é muito simpática e tem gosto em receber os seus hospedes. Conversámos muito com ela. Não há muitos portugueses por estas paragens!
Partimos para Puerto Iguaçu num autocarro by night de 20 horas de viagem.
Já chegámos a meio da manhã da Puerto Iguaçu.
Fomos deixar as nossas coisas no hostel que a Vilma nos tinha recomendado e fomos apanhar o autocarro local para o Brazil para vermos as cataratas de Iguaçu do lado brasileiro.
Apesar do percurso do lado brasileiro ser mais pequeno, a vista não deixa de ser menos impressionante! Vimos tucanos, borboletas de várias cores. Há chegada qando sabem que somos portugueses, festejam.
Há saída do Brasil pedem-nos para voltar a visitá-los.
O parque das cataratas do lado Argentino é maior e tem muitas cataratas mais pequenas mas o grande momento é quando podems ficar mesmo por cima da garganta do Diabo, a catarata enorme que ali descarrega milhões de centrimetros cúbicos de água
É lindo, impressionante! A temperatura de cerca de 30º C agradece os salpicos de água que recebemos destas grandes cascatas.
E pensar que há um número significativo de suicidios neste local tão belo!
Mais uma vez comemos bem! Come-se muito bem na Argentina!
E dada a situação do fumo, partimos para Buenos Aires de avião. 1 hora de viagem deixa-nos no destino final, no aeroporto secundário da cidade.
Nesta última noite ainda visitamos a feira do livro em Buenos Aires e no dia seguinte rumamos para o aeroporto para o nosso regresso a Lisboa.
Foram 3 semanas fantásticas. A Argentina correspondeu e ainda superou. As suas pessoas, a sua paisagem, a comida! Foi fantástico.
Ao todo gastámos 4000 eur com voos internos e avião ida volta incluídos.

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