Malásia/Singapura- Parte II


Malásia 2012

Malaca recebeu-nos debaixo de um sol abrasador.
Chegámos ao terminal de autocarros, onde chegam e partem autocarros para vários pontos do país além dos autocarros locais.
Já se nota uma presença muçulmana mais  marcada com mulheres de cabeça tapada e o local de reza no terminal de autocarro.
Partimos no autocarro local que nos indicam ir para o centro da cidade.
Saímos junto ao Stad Huis, o marco da presença holandesa em Malaca.
É também a entrada do bairro chinês e zona histórica onde podemos encontrar mais hostels.
O centro de informação turistica é também ali mas as funcionárias pouco acrescentam ao mapa que nos fornecem.
Partimos em busca de alojamento debaixo de um sol abrasador. Acabamos no lodge...  no registo somos confundidos com um arábe e uma alemã mas quando dizemos que somos portugueses, um sorriso ilumina-se. Portugal esteve presente em Malaca cerca de 100 anos. Integraram-se na população local ao contrário de outros colonizadores e ainda hoje palavras como sapato e barbeiro, persistem no vocabulário malaio.
Durante toda a viagem sempre que mencionámos que erámos portugueses, perguntávam-nos de imediato se já tinhamos ido a Malaca.
Malaca é património mundial da Unesco e é na minha opinião a melhor homenagem aos portugueses e ao papel que tiveram no mundo com as suas viagens pois toda a zona histórica é um elogio aos descobrimentos portugueses. Por todo o lado se exaltam as qualidades, os desafios, a aventura que foi chegar ao oriente.
A porta de Santiago, último vestigio da antiga Fortaleza A Formosa, encontrada no resultado de obras para construção de um centro comercial é hoje um marco turistico e vendido em formato de iman ou porta chaves como souvenir da cidade. Aqui encontrámos uma caravela portuguesa em formato real  que alberga o museu maritimo e ficamos a saber que foram os portugueses que introduziram o picante na comida local !
Pode passear-se pelos canais de barco, podemos visitar o Portuguese settlement que é o último reduto da presença portuguesa, com restaurantes tipicos “portugueses” e um pequeno museu que o Sr. Edgar guarda com muito orgulho.
E até um Nando’s (franchise de um luso descendente) com o simbolo das quinas e do galo de barcelos, marca aqui presença.
Aqui em Malaca há também os Becas, tuc tucs que competem na sua decoração de dia e de noite para angariar clientes.
Com o orgulho português já bastante elevado, partimos ao fim de 3 dias para Kuala Lumpur, a capital da Malásia.
São cerca de 2 horas e pouco de Malaca por autoestrada.
KL como é conhecida é um pouco caotica na sua construção mas ao mesmo tempo a natureza exótica e tropical parece espreitar a  cada esquina pronta para tomar conta do betão. O centro da cidade em si não é muito grande.
Uma característica desta cidade são as passagens pedestres aéreas. Como as ruas são um pouco caóticas, acabam por existir passagens aéreas pedestres, algumas com ar condicionado. É uma forma diferente de passear pela cidade. Junto às Petronas (que não conseguimos subir pois a lista de pessoas é limitada e implica reserva com antecedência) há um grande centro comercial e uma grande zona de jardins, com lagos e um espaço de convivivo. Acabámos por subir à Torre KL que tem uma vista mais alta e abrangente.
KL está à semelhança de Singapura , muito orientada para o comercio e há grandes centros comerciais como local de passagem quase obrigatória.
A zona de Chinatown é também aqui um local de visita em especial de presentes a preços mais simpáticos.
A Praça da Independência estava engalanada. A Malásia estava a celebrar os 55 anos de independência, que na lingua malaia é Merdeka. E assim visitámos a praça da Merdeka! E por todo o lado se celebrava esta data ao ponto de mesmo no hotel termos passado grande parte da noite acordados devido à música que se fez ouvir pela noite dentro. Deu-nos para telefonar para casa pois pela diferença horária de cerca de 8 horas, a madrugada correspondia à hora de almoço em Portugal.
Aqui o metro de superficie é um pouco estranho pois as diferentes linhas não estão ligadas entre si e torna-se um pouco confuso viajar neste meio de transporte.
O nosso destino seguinte foi Cameron Highlands – zona montanhosa a cerca de 3 horas de KL, a zona de plantação do chá da Malásia.
Aqui há uma maior presença de indianos que para aqui foram trazidos pelos ingleses. A presença inglesa está visivel ainda no tipo de construção e também nas quintas e no chá. A maior empresa de chá Boh. Os verdes campos de chá, hectares e hectares e uma esplanada sobre os campos, é simplesmente maravilhoso. Por aqui há também quintas onde se cultivam morangos e outros produtos horticulas e trilhos pedestres embora não existam grandes mapas dos mesmos. Aqui o ar era mais fresco apesar das montanhas não serem assim tão altas.
Partimos dali para Penang, a ex-capital do império britânico no oriente e um world heritage site. É uma ilha com praias de areias brancas e um bairro histórico muito interessante. Predominantemente chinês, demos com uma ponto da cidade em que cada esquina tinha um templo de cada religião: budista, muçulmano e católico. Há um autocarro turistico que nos permite viajar sem pagar, com ar condicionado, pelo centro histórico. Aqui o ar é muito quente e abafado e à noite todos os locais se juntam na zona ribeirinha.
A zona de praia é também a zona dos grandes hoteis A praia está dividida em zonas e ao fim da tarde enche-se de locais e turisticas para usufruírem pela fresca dos vários desportos naúticos: parasailing, motas de água. Torna-se um pouco ensurdecedor e barulhento. Aqui há muitos casas árabes em que elas andam de burca e eles à ocidental. Mesmo de burca elas andam com eles de mota de água.
Visitámos também a zona da vila piscatória em paliçada, antiga zona de pescadores e agora um bairro turistico.
Daqui partimos para Langkawi. Ilhas turisticas de praias e enseadas de sonho. O calor continuou e um bafo tropical recebeu-nos nestas ilhas. Conseguimos  um alojamento a poucos metros da praia Uma praia - Pantai Cenang - enorme com palmeiras e esplanadas com vista para o mar. Aqui não há transportes públicos por isso alugámos uma mota e percorremosa ilha de mota visitando outras praias, o sky bridge, cascatas e o parque natural de langkawi(Gunung Raya) e também ponto mais alto da ilha. Resolvemos ficar mais um dia para disfrutar da onda relaxante da ilha mas o tempo atraiçou-nos e no nosso último dia de Langkawi choveu copiosamente! No nosso passeio pela ilha encontrámos um francês de 50 e picos anos. Desistiu da vida na Europa e mudou-se para aqui. É nadador salvador nos barcos de turismo dos ricos e tem também um negócio de T-shirts. Ele estava tão desapontado com o Velho Mundo como nós! Quando veio para aqui e quis alugar uma casa, o senhorio viveu com ele 3 meses até lhe alugar a casa. Disse que tinha de o conhecer primeiro antes de lhe poder alugar a casa!






















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