Argentina 2008 - Parte I
Percurso: Buenos Aires - avião até Ushuaia - Voo até El Calafate- visita ao Glaciar Perito Moreno - tour até ao Chile para visitar o Parque Nacional das Torres el Paine - Voo até Barriloche - Autocarro até Cordoba - Autocarro até Salta - Tour até Quebrada da Humahuaca e Cafayate- Autocarro até Porto Iguaçu - Visita Cataratas de Iguaçu no lado Brasileiro e Argentino, fronteira tripartida com paragem no Paraguay -voo de volta a Buenos Aires.
Duração: 3 semanas em Abril/Maio
Visto - Não é necessário visto para os cidadãos da União Europeia
A Argentina faz parte do nosso imaginário. Quem não leu já Luis Sepúlveda ou Bruce Chatwin com as suas descrições da Patagónia e desse povo austral? Ou as milongas de tango argentino?
Pois foi na senda da realização de um sonho que embarcámos para a Argentina
Desde logo se colocaram alguns desafios. A Argentina é o 5º maior país do mundo, logo as distâncias são grandes entre os principais pontos de paragem e as viagens podem tornar-se demoradas. E havia também a grande amplitude de temperaturas que íamos apanhar - em Ushuaia no fim do mundo temperaturas negativas, em Iguaçu temperaturas na ordem dos 30º C.
Como viajamos 2, durante cerca de 3 semanas, com apenas uma mochila grande, havia que conseguir encaixar roupa de Verão e Inverno e ainda arranjar espaço para trazer algumas recordações.
Partimos para Buenos Aires tendo chegado um pouco mais tarde que o previsto como faz parte de quem viaja na Iberia.
Buenos Aires acolheu-nos num Domingo calmo e soalheiro.
Anda bem que era domingo porque o metro é tão apertado que nem quero imaginar andar naqueles túneis em hora de ponta.
Começamos por ir até ao Bairro de Palermo à procura de um lugar para dormir.
Enquanto viamos o mapa, um sr. de idade abordou-nos oferecendo a sua ajuda. Perguntou de onde erámos e quando dissemos Portugal, ele perguntou se já tinhamos encontrado a Madeleine -é verdade a miúda inglesa que desapareceu no Algarve - até a Argentina! E ainda nos fez a famosa pergunta que todos os latino americanos de expressão espanhola nos fazem - como é viver ao lado dos espanhois? :-)
Partimos para outra zona da cidade e lá encontrámos um hostel muito simpático. E fomos explorar a cidade.
Para quem tenha aversão a ir assim à aventura, uma boa forma de viajar na Argentina de forma mais económica, passa por comprar só o avião e chegados lá, tratar com uma agência local o resto do percurso. Eles têm mais noção das distâncias, é mais barato e podem fazer percursos interessantes.
Considerámos a cidade de Buenos Aires simpática, com muitos jardins e praças. É tudo muito grande quando se vem da Europa, aqui a escala é diferente. Visitámos o cemitério de Recoleta onde está enterrada a famosa Evita Peron, a praça de Maio junto à casa do Governo e que se chama casa rosa, a famosa praça das mães de Maio, a catedral com aspecto de parlamento romano e onde alberga uma estátua do General José de San Martin que libertou os países da America Latina do dominio espanhol e é por isso venerado.
Fomos a um mercado de antiguidades de rua em San Telmo onde também é possível ver dançar tango, ouvir musica, ver homens e mulheres estátuas em poses muito originais.
Há a zona nova, semelhante à nossa Expo também com restaurantes novos e da moda junto à água.
No jardins é frequente vermos Dog Sitiers, ou seja, "centros de dia" para cães.
Há muitos cafés e pastelarias, os edificios têm todos aquele ar meio parisiense. Gostámos!
Já no regresso e fim da viagem, parámos outra vez em Buenos Aires e fomos à feira do livro onde encontrámos um stand de livros portugueses e comprámos um livro de uma Chilena que se chama Passión por Lisboa e é todo ele passado em Portugal, Lisboa, Tejo. Muito engraçado!
Decidimos partir de avião para Ushuaia. O Fim do Mundo estava a preparar-se para o Inverno. Há alguma discussão sobre se de facto Ushuaia é a última cidade habitada mais perto da Antártida mas estar a apenas 1000 km do continente gelado dá um certo estatuto e uma certa mística.
Uma coisa boa que tivemos em todos os pontos de chegada na Argentina, é que há sempre um balcão de informação turistica que nos dá de imediato uma lista de todos os tipos de hoteis existentes com nº de telefone e moradas, ficando logo com uma ideia para onde queremos ir e qual a oferta existente.
Chegados a Ushuaia, o frio já se fazia sentir e lá contactámos com um Bed & Breakfast e fomos para esta casa forrada de madeira e que tinha um bom pequeno almoço enquanto falávamos com a D. Paula.
Fizemos um passeio de catamarã no canal Beaguel que me obrigou a usar medicamentos para não enjoar enquanto o mar picado batia com força no barco. Já não vimos pinguins porque estes já se tinham ido embora para paragens mais quentes.
Só vimos leões marinhos e cormorans que são uma espécie de pinguins mas que voam.
Fomos até ao farol do Fim do Mundo! Quem por aqui passou naqueles tempos de descoberta de novos territórios, teve de enfrentar mesmo muitos desafios! Aqui a natureza é implacável!
Visitámos o Parque Nacional da Terra do Fogo, no final da cordilheira dos Andes e no fim da estrada que atravessa todo o continente americano.
Durante a nossa a visita ao Parque, nevou, estavam cerca de -5ºC e pensar que era só o início!
Fomos também até à prisão do fim do mundo onde fugir era a sentença de morte, era pior sair do que ficar!
Ushuaia está cheia de cafézinhos, restaurantes, chocolaterias, come-se muitos doces por estas paragens!
Comemos bacalhau fresco cozinhado a vapor e nem consegui identificar que era bacalhau! Olha que especialistas! Nós os portugueses que somos o maior consumidor de bacalhau!
Há também um glaciar perto da cidade, que tem uns trilhos pedestres muito engraçados e que vale a pena visitar.
Acabámos por não passar no Estreito de Magalhães porque as estradas estavam a ficar intransitáveis devido ao frio e gelo e por isso voámos de novo para El Calafate, junto ao Parque dos Glaciares onde podemos visitar o famoso Perito Moreno!
Duração: 3 semanas em Abril/Maio
Visto - Não é necessário visto para os cidadãos da União Europeia
A Argentina faz parte do nosso imaginário. Quem não leu já Luis Sepúlveda ou Bruce Chatwin com as suas descrições da Patagónia e desse povo austral? Ou as milongas de tango argentino?
Pois foi na senda da realização de um sonho que embarcámos para a Argentina
Desde logo se colocaram alguns desafios. A Argentina é o 5º maior país do mundo, logo as distâncias são grandes entre os principais pontos de paragem e as viagens podem tornar-se demoradas. E havia também a grande amplitude de temperaturas que íamos apanhar - em Ushuaia no fim do mundo temperaturas negativas, em Iguaçu temperaturas na ordem dos 30º C.
Como viajamos 2, durante cerca de 3 semanas, com apenas uma mochila grande, havia que conseguir encaixar roupa de Verão e Inverno e ainda arranjar espaço para trazer algumas recordações.
Partimos para Buenos Aires tendo chegado um pouco mais tarde que o previsto como faz parte de quem viaja na Iberia.
Buenos Aires acolheu-nos num Domingo calmo e soalheiro.
Anda bem que era domingo porque o metro é tão apertado que nem quero imaginar andar naqueles túneis em hora de ponta.
Começamos por ir até ao Bairro de Palermo à procura de um lugar para dormir.
Enquanto viamos o mapa, um sr. de idade abordou-nos oferecendo a sua ajuda. Perguntou de onde erámos e quando dissemos Portugal, ele perguntou se já tinhamos encontrado a Madeleine -é verdade a miúda inglesa que desapareceu no Algarve - até a Argentina! E ainda nos fez a famosa pergunta que todos os latino americanos de expressão espanhola nos fazem - como é viver ao lado dos espanhois? :-)
Partimos para outra zona da cidade e lá encontrámos um hostel muito simpático. E fomos explorar a cidade.
Para quem tenha aversão a ir assim à aventura, uma boa forma de viajar na Argentina de forma mais económica, passa por comprar só o avião e chegados lá, tratar com uma agência local o resto do percurso. Eles têm mais noção das distâncias, é mais barato e podem fazer percursos interessantes.
Considerámos a cidade de Buenos Aires simpática, com muitos jardins e praças. É tudo muito grande quando se vem da Europa, aqui a escala é diferente. Visitámos o cemitério de Recoleta onde está enterrada a famosa Evita Peron, a praça de Maio junto à casa do Governo e que se chama casa rosa, a famosa praça das mães de Maio, a catedral com aspecto de parlamento romano e onde alberga uma estátua do General José de San Martin que libertou os países da America Latina do dominio espanhol e é por isso venerado.
Fomos a um mercado de antiguidades de rua em San Telmo onde também é possível ver dançar tango, ouvir musica, ver homens e mulheres estátuas em poses muito originais.
Há a zona nova, semelhante à nossa Expo também com restaurantes novos e da moda junto à água.
No jardins é frequente vermos Dog Sitiers, ou seja, "centros de dia" para cães.
Há muitos cafés e pastelarias, os edificios têm todos aquele ar meio parisiense. Gostámos!
Já no regresso e fim da viagem, parámos outra vez em Buenos Aires e fomos à feira do livro onde encontrámos um stand de livros portugueses e comprámos um livro de uma Chilena que se chama Passión por Lisboa e é todo ele passado em Portugal, Lisboa, Tejo. Muito engraçado!
Decidimos partir de avião para Ushuaia. O Fim do Mundo estava a preparar-se para o Inverno. Há alguma discussão sobre se de facto Ushuaia é a última cidade habitada mais perto da Antártida mas estar a apenas 1000 km do continente gelado dá um certo estatuto e uma certa mística.
Uma coisa boa que tivemos em todos os pontos de chegada na Argentina, é que há sempre um balcão de informação turistica que nos dá de imediato uma lista de todos os tipos de hoteis existentes com nº de telefone e moradas, ficando logo com uma ideia para onde queremos ir e qual a oferta existente.
Chegados a Ushuaia, o frio já se fazia sentir e lá contactámos com um Bed & Breakfast e fomos para esta casa forrada de madeira e que tinha um bom pequeno almoço enquanto falávamos com a D. Paula.
Fizemos um passeio de catamarã no canal Beaguel que me obrigou a usar medicamentos para não enjoar enquanto o mar picado batia com força no barco. Já não vimos pinguins porque estes já se tinham ido embora para paragens mais quentes.
Só vimos leões marinhos e cormorans que são uma espécie de pinguins mas que voam.
Fomos até ao farol do Fim do Mundo! Quem por aqui passou naqueles tempos de descoberta de novos territórios, teve de enfrentar mesmo muitos desafios! Aqui a natureza é implacável!
Visitámos o Parque Nacional da Terra do Fogo, no final da cordilheira dos Andes e no fim da estrada que atravessa todo o continente americano.
Durante a nossa a visita ao Parque, nevou, estavam cerca de -5ºC e pensar que era só o início!
Fomos também até à prisão do fim do mundo onde fugir era a sentença de morte, era pior sair do que ficar!
Ushuaia está cheia de cafézinhos, restaurantes, chocolaterias, come-se muitos doces por estas paragens!
Comemos bacalhau fresco cozinhado a vapor e nem consegui identificar que era bacalhau! Olha que especialistas! Nós os portugueses que somos o maior consumidor de bacalhau!
Há também um glaciar perto da cidade, que tem uns trilhos pedestres muito engraçados e que vale a pena visitar.
Acabámos por não passar no Estreito de Magalhães porque as estradas estavam a ficar intransitáveis devido ao frio e gelo e por isso voámos de novo para El Calafate, junto ao Parque dos Glaciares onde podemos visitar o famoso Perito Moreno!
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