Vietnam 2005

Percurso: Voo até Banguecoque - voo até Siem Riep - autocarro até Phnom Penh - autocarro até Saigão -  comboio com dormida até Danang - visita a Hoi Ann - My Son - Hue - zona dismilitarizada - autocarro até Hanoi - tour a Halong Bay - Voo de Hanoi até Banguecoque e regresso a Lisboa

Duração: 22 dias

Visto: sim é necessário. Não há representação em Portugal por isso ou se trata na embaixada de Madrid ou então através do seguinte site se a chegada for por avião:
http://www.vietnamvisacorp.com/faqs/how-visa-vietnam-works--117.html?gclid=COi1z43n-bECFQQhtAodA3kAoA
Ou ainda através de uma agência local que envia a designada Carta de Chamada, podendo o visto ser tratado à entrada do país. Ver:  http://www.indochina-land.com/Content/service-darrangement-de-visa/159/
Ou ainda, indo por Banguecoque, tratar do visto aí. Para a Tailândia não é requerido visto.

Fomos em Agosto. Temperatura média de 30 graus. Calor húmido. Não apanhámos muita chuva.
O Vietnam é fantástico. O povo vietnamita é silencioso, reservado mas de uma grande força e resistência.
É normal vermos senhoras de idade, vestidas com um traje local que parece uma espécie de pijama, com a sua raquete de badmington às costas ou o seu leque para a aula de Tai Chi.
Há muitas bicicletas e motas. No inicio faz alguma confusão atravessar as ruas porque o movimento de motos e bicicletas é contínuo mas depois percebemos que se formos avançando devagar, eles vão-se desviando. É mais seguro para um invisual atravessar aqui que em Lisboa porque os condutores desviam-se.
A comida vietnamita é mundialmente famosa e nós percebemos porquê. Com influências chinesas e tailandesas mas sem os picantes, a comida é agradável, variada e saborosa.
Claro que nas grandes cidades há sempre as cadeias internacionais de fast food mas optámos pela comida local. São no entanto raros os locais com garfo e faca, por isso dominar os pauzinhos é  mesmo necessário.
Para os mais aventureiros há restaurantes que vendem pratos com cobras e carne de cão mas nós ficámo-nos mais pelo Pho - massa com legumes em caldo - uma espécie de canja mas com massa e legumes.
Chegámos ao Vietnam por terra, vindos de Phnom Penh. Na altura a fronteira ainda estava em construção pois estava planeado um grande centro comercial. Por esta altura já deve estar em reconstrução.
Este foi sem dúvida o nosso primeiro contacto com a Ásia e cedo percebemos que tudo se passa a um ritmo muito elevado. As coisas mudam muito rápidamente mas há certas tradições que se mantém vivas e condicionam a forma como vemos o presente. Todos os dias nascem novos hostels, novas agências de turismo, novas estradas.
Os chineses tiveram uma presença muito forte aqui. O idioma vietnamita é por isso também um idioma tonal mas que usa caracteres ocidentais. Quando vemos um letreiro, uma informação, nome de um país, é normal vermos muitas palavras pequenas, que parecem sílabas, todas juntas formam um nome ou uma frase. São os sons que devem ser lidos em conjunto para formar uma palavra ou frases.
O inglês é o idioma mais usado para comunicar embora em muitos locais como estações de comboio ou autocarros não se fale inglês Aí apontar é tudo.
Desenganem-se aqueles que pensando haver ainda vestigíos da presença francesa, pensam que o francês é usado. Apenas a população mais idosa sabe falar francês.
É relativamente barato viver-se no Vietnam para nós. As coisas têm qualidade e são em conta pois há muita oferta. Embora não muito expansivos, sabem que os turistas lhes trazem negócio por isso há orientação para o turista e ajudam. São naturalmente curiosos - umas das perguntas que mais nos faziam era de onde erámos, que profissão tinhamos e se tinhamos filhos! Faziam em médias estas 3 perguntas.
Adoram mais criquete que futebol e era normal vermos as familias de volta do televisor às tantas da noite a ver criquete. Por isso quando diziamos Figo ( na altura ainda era Figo) não sabiam de quem falavámos.
Usam muito a roupa tipica - uma espécie de calças com túnica por cima - as mulheres essencialmente. Elas usam os seus cabelos pretos, longos e sedosos que penteiam com frequência e andam de bicicleta na sua roupa tipica, ondulante, fresca. Há também o culto do branco. Uma mulher bonita é branca. Por isso usam máscaras e luvas até ao cotovelo para não se queimarem com o sol quando andam de bicicleta ou de mota.
Adoram cantar e passam horas a cantar e a ouvir karaoke! Ás vezes sabia bem um pouco de silêncio mas o karaoke está sempre presente. A melhor experiência que tivemos foi em Halong Bay, no silêncio do barco no meio da água, depois do jantar acharam que o melhor serão era passado com karaoke e eis que põem a cantar a Lambada para ser cantada em vietnamita! E nós que só queriamos aproveitar o silêncio. É que as cidades nunca param e há sempre actividade. Não se distingue o fim de semana da semana pois há sempre comércio aberto e muita actividade nas ruas.
E as crianças vão à escola todos os dias. Era normal vermos motas com os pais e 2 crianças. Tudo na mesma mota e os miúdos com a farda da escola.
Há ainda as etnias, que são minorias e podem ser encontradas essencialmente nas zonas montanhosas.
Quando lá estivemos o Vietnam estava a comemorar os 60 anos da independência. Havia festas por e comemorações por todo o lado.
Em Hanoi pode visitar-se o túmulo do Ho Chi Minh pois à semelhança de Lenine também está embalsamado e pode ser visitado debaixo de regras muito apertadas de segurança.
O Vietnam viveu momentos muito dificeis e essas marcas estão presentes nas pessoas, nas aldeias subterrâneas que construíram para viver e sobreviver, nos museus que contam a sua história.
Dos 60 anos de independência, mais de metade foram passados em guerra entre norte e sul e depois na famosa guerra do Vietnam com a intervenção americana.
São budistas, na versão chinesa mas com conta peso e medida.
Um happy Buda é aquele que é gordo e grande. Sinal de fartura e riqueza.
Em Hoi An pode fazer-se roupa à medida, pode ir-se à praia. Em Hoi An,  Saigão ou Hanoi há edificios cm traça colonial, do tempo da presença francesa.
No comboio by night que fizemos deu para ver os campos de arroz no seu trajcto pelo interior do país e os famosos chapeus de palha em forma de cone.
Em Hué é onde a presença chinesa é mais visivel. Os tumulos ao longo do Rio Perfume, a cidade imperial.
Em termos naturais Halong vale a pena visitar. Aquelas ilhas e grutas e praias escondidas por rochedos que parecem desafiar o equilibrio.
Há ainda o espectáculo das marionetas na água, muito famoso em Hanoi, o comércio de tenis e mochilas que falharam o controlo de qualidade das fábricas e são vendidas no comércio de rua por muito bom preço. As grandes marcas estão aqui presentes.
Há muitos jardins e cafés onde refrescar pois a temperatura e a humidade nunca dão treguas e vemos que os locais apreciam estes locais para passear com a familia. Há um certo convivio social dos jovens e das familias.
Aqui continuámos a beber o batido de melância, fresco e saboroso, ritual que iniciámos nesta viagem no Cambodja. Mas sobre este falaremos noutro post.
Disfrutem da nossa aventura no Vietnam!

Fotos abaixo por sequência: Saigão - igreja,vista do palácio da reunificação e ruas com trânsito, campos de arroz, parceiros de viagem no comboio, Hoi An, templos My Son, Cidade imperial e rio Perfume em Hué, Halong Bay - venda ambulante aos barcos dos turistas e vista da baía, ruas de Hanoi.
















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